Depois do desastre de X-Men: O Confronto Final, a Fox chamou o diretor Matthew Vaughn (Capitão América: Guerra Civil). Ainda que com diversas inconsistências cronológicas, Primeira Classe serve como um prólogo para os filmes de Bryan Singer, mas, na prática, acabou servindo como o início de uma nova cronologia mutante, muito por causa dos eventos do filme seguinte.
ado, presente e futuro: uma grande união de linhas temporais e de gerações marca o segundo filme do reboot dos X-Men. Com eventos ados em 1973 e 2023, o filme é uma adaptação, ainda que com diversas liberdades poéticas, do famoso arco dos quadrinhos anos 1980 da dupla Chris Claremont e John Byrne. No filme, um futuro sombrio dominado pelo Sentinelas, robôs que caçam mutantes, une o Professor X e Magneto em um único objetivo: mandar Wolverine para os anos 1970 e impedir o assassinato de Bolivar Trask, o inventor dos Sentinelas. Tal interferência cronológica mudou a timeline dos mutantes a partir daquela década – não só apagando os eventos de X-Men: O Confronto Final, como também permitindo criar novas histórias. A direção voltou a ser de Bryan Singer, que também resgatou o elenco da primeira trilogia para as cenas adas no futuro. O resultado é um filme muito bem executado, que reúne os melhores elementos de ambas as fases dos X-Men para construir uma história empolgante.
Cronologicamente falando, X-Men Origens: Wolverine (que se a entre o final do século XIX e os anos 1970) é o terceiro filme da timeline original dos mutantes no cinema. Há, de qualquer forma, algumas inconsistências cronológicas. Como o nome indica, o longa-metragem conta a origem de James Howlett, que depois o mundo conheceria como Wolverine e os mais próximos chamariam de Logan. Um dos grandes méritos é justamente o carisma de Hugh Jackman, mas não é o suficiente para compensar as falhas no roteiro e as péssimas escolhas do estúdio – como transformar Deadpool em um vilão genérico, por exemplo.
Continuação direta de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, dentro da nova cronologia criada a partir do filme anterior. A história se a nos anos 1980, quando um vilão chamado Apocalipse acorda depois de milênios e quer criar uma nova ordem mutante no mundo. Apesar de manter o ótimo elenco introduzido em X-Men: Primeira Classe e a direção continuar com Bryan Singer, o longa-metragem acaba perdendo a mão com um roteiro pobre, um vilão-clichê e um enredo que não evolui as propostas deixadas pelos capítulos anteriores.
Ainda que não seja um final oficial, Fênix Negra provavelmente encerra a franquia principal de filmes dos X-Men, como foi concebida a partir de 2000, e fecha a saga iniciada com X-Men: Primeira Classe. É também a segunda tentativa de adaptar a icônica história homônima dos quadrinhos e, como no caso de X-Men 3, falha de várias maneiras. O destaque aqui fica pelo protagonismo maior de Sophie Turner (catapultada ao sucesso com Game of Thrones) no papel de Jean Grey, além de Jessica Chastain (A Hora Mais Escura) - ainda que esta última acabe subutilizada como vilã. Vale dizer que a história se a em 1992, cerca de nove anos após o longa anterior.